terça-feira, 31 de outubro de 2017

MARIA DAS ESCRITURAS NÃO É A “NOSSA SENHORA” DA RELIGIÃO!


“Então disse Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador”. Lucas 1.46,47

A doutrina em cima do ídolo “Nossa Senhora” é muito grande dentro do nosso país. Àqueles que identificam Nossa Senhora como santa e também “mãe de Nossos Senhor Jesus” o fazem por tradição católica. Os evangélicos são, muitas vezes, identificados como fanáticos que não gostam de Maria mãe de Jesus. Então é preciso definir bem as coisas para que não haja injustiça; nós evangélicos não temos nada contra Maria, aliás muito pelo contrário, Maria mãe de Jesus é um exemplo de fé para todo cristão sincero. No entanto, ao observar com cuidado as Escrituras é fácil perceber que a Maria descrita na Bíblia não é a “Nossa Senhora” propagada pela religião.

Quero apresentar cinco pontos claros sobre a diferença da “Maria das Escrituras” para a “Nossa Senhora da Religião”:

1 – Maria Precisava da Graça de Deus, veja o que a Escritura diz: “Mas o anjo desse: Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus” (Lc 1.30). Àquele que precisa de graça de Deus é porque é um “desgraçado”, ou melhor dizendo é um pecador que sem a benevolência de Deus está terrivelmente perdido. Agora o que a tradição religiosa ensina sobre Nossa Senhora? Segundo os adoradores das “Nossas Senhoras”, ela é quem dá Graça as Pessoas. As Escrituras não mencionam nenhuma graça concedida por ninguém a não ser por Deus. (Lembrando que a graça é favor imerecido, isto é, quando Deus livra o homem da perdição). Ou seja, no contexto de Maria, sua escolha não foi meritória, mas antes Deus, em sua soberania a escolheu por Sua Graça. Maria era tão pecadora como qualquer outra mulher em Nazaré e no mundo.

2 – Maria era Serva de Deus, veja o que ela mesmo disse ao anjo: “Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra” (Lc 1.38). Ser servo de Cristo é alguém que se rende ao Seu Senhorio, logo Maria está demonstrando que não há nela nenhuma condição de ser nada além de serva do Cristo, que por graça de Deus (Favor Imerecido), está sendo gerado, em sua humanidade, no ventre dela. Já a tradição religiosa ensina que Nossa Senhora é “Senhora”, ou seja, ela requer para si mesma, servos, pessoas que se dediquem a Ela. Fica claro que não podem ser a mesma pessoa, pois a Maria mãe de Jesus que nos revela as Escrituras é alguém que tem convicção da sua posição de inferioridade diante de Deus, já a Senhora da religião é alguém que está na mesma posição que Cristo Nosso Senhor.
A Bíblia é clara ao ensinar que Deus não divide a Sua Glória com ninguém, portanto, essa Senhora da Religião está roubando a adoração que só pode ser direcionada ao Senhor Jesus, portanto, sem sombras de dúvida ela não é a Maria mãe de Jesus que as Escrituras revelam.

3 – Maria era abençoada por Deus, veja o texto de Lucas 1.42: “E exclamou em alta voz: Bendita tu és entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre”. Não há dúvida que Maria havia recebido a maior bênção que podia existir a mulher daquela época (desta também), pois estava levando em seu ventre o Salvador do Mundo, o Messias que seu povo tanto aguardava. Quem diz neste texto que Maria é abençoada é sua prima Isabel, que também foi agraciada com uma gravidez inesperada, pois ela não podia engravidar. Isabel estava levando em seu ventre o primo de Cristo; João Batista profeta do Senhor.
Isabel, que havia recebido essa benção (gravidez), fica cheia do Espirito Santo e diz que Maria era ainda mais abençoada do que ela, pois estava gerando o Messias. De novo, não havia nada que qualificasse mais Maria do que as outras virgens de Nazaré, a não ser, que ela foi agraciada por Deus, logo não há honra (Glória) para Maria. Essa Honra pertence somente ao Deus Todo Poderoso.
Já a Nossa Senhora da Religião é um ídolo que não foi abençoada, mas ela é abençoadora, ou seja, ela tem virtude própria e pode abençoar à partir de si mesma, o que é uma heresia diante da Palavra de Deus, pois só Deus tem poder para abençoar. Inclusive a Escritura nos diz que quando abençoamos alguém devemos fazer no nome Dele; “O Senhor te abençoe e te guarde” Nm 6.24. Há um grande engano que a tradição trouxe aos religiosos, esse erro é, dividir a divindade de Deus com os ídolos, inclusive com a “Nossa Senhora da Religião”, portanto, é impossível que esse ídolo seja a Maria mãe de Jesus que nos revela as Escrituras.

4 – Maria adora a Deus, veja o que Maria disse: “A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador” (Lc 1.46,47). Cremos que o fim principal do homem é glorificar a Deus, e gozá-lo para sempre: “Porque Dele, e por Ele, e para Ele, são todas as coisas; glória, pois, a Ele eternamente. Amém” Rm 11.36. A Escritura rejeita qualquer tipo de adoração que não tenha Deus como fim, e vemos que a Maria mãe de Jesus sabia muito bem disso, ao ponto de não receber adoração e, como serva adorou exclusivamente a Deus.
Já a Nossa Senhora da Religião é digna de adoração. Enquanto estudamos a Escritura descobrimos que a ideia de adoração é exclusiva a Deus. Já a tradição católica criou três níveis para a adoração, para assim justificar a adoração a “Nossa Senhora”. Esses níveis vêm da tradução de três palavras em latim, são elas; Latria (que vem do Grego latréia), Hiperdúlia e Dulia. Segundo a tradição católica Latria significa adoração e essa só pode ser dada a Deus. Já Hiperdúlia significa “uma grande veneração” e deve ser dada as Nossas Senhoras que representam Maria mãe de Deus. Para os católicos o fato de Maria ter sido mãe do Salvador tornou-a um ser especial e, portanto, fora agraciada com poderes tornando-se mediadora dos pecadores. Por isso ela merece veneração daqueles recebem sua intercessão. Já o termo Dúlia é uma veneração devida aos santos que estão em um nível abaixo de Maria. Por isso, fica claro que a Maria que a Escritura revela não é a “Nossa Senhora” da Religião.

5 – Maria necessitava de um salvador, veja o que diz a própria Maria a respeito disso: “Então disse Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador” (Lc 1.46,47). A Escritura revela que Deus não achou um justo sequer dentre os seres humanos (Rm 3.10), logo, fica claro pelo texto de Lucas que Maria entendia sua posição de pecadora diante de Deus, e que portanto, ela também precisava ser salva segundo o propósito de Deus, que sabemos foi sacrificar seu Único Filho na cruz (Jo 3.16). É claro que alguém que precisa ser salvo não tem condição de salvar-se a si mesma, nem mesmo, nenhuma outra pessoa. Só em Cristo o ser humano pode ser salvo por Deus, como Cristo mesmo disse: “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6).
Maria sabia disso, por isso, as Escrituras mencionam que ela estava junto com os demais crentes esperando a descida do Espirito Santo logo após a Ressurreição de Cristo (At 1.14).
Maria não teve nenhum privilégio com respeito a sua salvação, ela foi salva porque creu. Já a “Nossa Senhora” da Religião não é alguém em busca de salvação ou de apontar a salvação em Cristo, segundo os ensinos da Tradição Católica ela não precisou da salvação, visto que em 1854 a Igreja Católica decretou que “Maria mãe de Deus é distinta da raça adâmica e, portanto, foi gerada sem pecado”, sendo assim, ela é a Imaculada Conceição. Já em 1950 a Igreja Católica decretou a Assunção da Bendita Virgem Maria, ensinando que Maria não morreu, mas que foi assunta aos céus como seu filho Jesus.
Mais uma vez fica claro que a “Nossa Senhora” da religião não é a Maria que a Escritura revela.
Talvez ao ler esse texto, você que é um admirador de “Nossa Senhora” e participa da Religião que a promove possa tentar justificar dizendo que depois dela ser assunta aos céus ela recebeu essas mudanças dada por Deus, então vale a pena, você ir as Escrituras que revelam o céu e testificar que não há menção sobre Maria, nem outros ídolos (como os apóstolos) a única menção das pessoas no céu são os redimidos de todas as nações comprados pelo Sangue do Cordeiro (Ap 5.9). A glória mencionada pelas Escrituras no céu será dada ao Único que é digno, Jesus Cristo. (Ap 5.13 e Ap. 22)

Mais uma vez testifico que a Maria das Escrituras não é a “Nossa Senhora” da Religião.

domingo, 24 de setembro de 2017

Somente Cristo


“em quem temos a redenção, a saber, a remissão dos pecados; o qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação". Colossenses 1.14,15

Uma das grandes perdas teológicas ocorridas durante os anos da idade média, período conhecido como a idade das trevas (séc V à XV), foi a perca de Cristo pela igreja. Enquanto vemos as Escrituras e os primeiros cristãos firmando toda sua fé na pessoa e obra de Cristo, os cristãos da idade média renderam-se aos ídolos do coração.
A igreja começou a adorar aquilo(es) que não devia, como “santos” e “personalidades”. Sorrateiramente fora agregado à adoração genuína, revelada nas Escrituras e firmada pelos apóstolos e pais da igreja, conceitos e ideias das religiões pagãs. Contudo isso não devia ser novidade para os líderes piedosos, pois a Escritura advertiu que isso ocorreria: “sei que, depois da minha partida, lobos ferozes penetrarão no meio de vocês e não pouparão o rebanho. E dentro de vocês mesmos se levantarão homens que torcerão a verdade, a fim de atrair os discípulos” At 20.29,30
Enquanto a Palavra aponta para Cristo, a igreja começou a apontar para os ídolos, como a adoração aos anjos, aos mártires, aos “santos homens” (padres, bispos, papas) e a maior de todas que é a adoração a Maria. Há também nesse período o valor dado aos sacerdotes e principalmente ao bispo de Roma que se torna o Papa, líder geral de toda igreja de Cristo, “pois ele está no lugar do filho de Deus”. Por tudo isso, vemos Cristo saindo do centro do culto da igreja para se tornar; um dentre tantos outros.
Quando a igreja perdeu Cristo, ela perdeu todo o resto. Pois Cristo é o centro da Teologia, sem Ele nada tem mais sentido.
Há ainda outro grande agravo, feita pela igreja de então, quando tiraram Cristo e sua obra redentora da igreja, colocaram no lugar, “o alcance da salvação por meios mundanos e avarentos”, onde o próprio homem faz algo para conseguir a salvação que, “somente a igreja” pode garantir. E aqui surgem as penitências e indulgências. Os pecados eram perdoados pela confissão e imputação de penitências e a salvação não era mais alcançada pela fé no sacrifício de Cristo, agora era necessário pagar, pois somente através da compra de indulgências é que Deus perdoaria e livraria a vida de um pecador do purgatório ou do inferno.
A Reforma veio para romper com essas mentiras idealizadas por homens que não temiam a Deus, e levaram a igreja a perverter seus ensinos, porque foram conduzidos pelos seus próprios egos pecaminosos. As Escrituras apontam para Cristo o centro de tudo. Somente Cristo, ele fez tudo por mim, por você e por todo que crê.

     Pr. Edilson Nunes

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Somente Pela Fé

“Portanto, a promessa vem pela fé, para que seja de acordo com a graça". Rm 4:16

O monge Lutero tinha sua crença fundamentada nos ensinamentos das tradições cristãs da época. E como todo cristão daquela época vivia sob o jugo do medo e da prisão criada pela acusação da consciência, por causa da vida de pecado que tinham, além disso o ensino da igreja fomentava ainda mais essa situação de acusação, ensinando que Deus puni sem misericórdia o pecador.  A ênfase da pregação cristã daquela época era para trazer pavor aos cristãos, e a solução oferecida, para se livrar do castigo divino era a compra de indulgências. Tetzel o maior negociante de indulgências da igreja proclamava por onde andava que as indulgências que ele vendia “deixa o pecador mais limpo do que quando saíra do batismo” ou “mais limpo que Adão antes de cair em pecado”, afirmava também que “a cruz do vendedor de indulgências tinha tanto poder como a cruz de Cristo”. Assim, com um ensino acusatório e uma saída única através da indulgência, a igreja mantinha as benesses do dinheiro do povo e, foi assim que a Igreja conseguiu na época alavancar as construções da Basílica de São Pedro em Roma.
Os cristãos também criam ser necessário comprar indulgências para seus parentes que jaziam mortos. Tetzel dizia: “tão pronto a moeda caísse no cofre, a alma saía do purgatório”.
Foi num encontro com a Palavra de Deus que Lutero percebeu que todos aqueles ensinos tradicionais não faziam sentido algum, ao ler em Rm 1.17 que o justo viverá pela fé, compreendeu que a fé é o vínculo que Deus requer dos seus filhos, entendeu então que sacrifícios pessoais (promessas, votos e penitências) não servem para “comprar o favor de Deus”, pois o favor de Deus para os “crentes” já foi dado em Jesus, e somente a fé pode nos fazer “tomar posse” de tal favor. Por isso Lutero começou a ensinar que a justiça que o homem pode ter diante de Deus é obtida pela fé no sacrifício de Jesus e em nenhum outro lugar. Como diz a Bíblia só há uma maneira de agradar a Deus: “Sem fé é impossível agradar a Deus” Hb 11.6.

Se você ainda tem tentado agradar e/ou alcançar o favor e/ou a comunhão com Deus por meio dos seus atos de bondade, promessas, sacrifícios vazios, etc. saiba que Deus está disponível, ou seja, ao alcance de todos aqueles que o procurarem através da fé Nele, por meio de Jesus Cristo seu único filho. Volte-se agora mesmo para Ele em fé.
Pr. Edilson Nunes

sábado, 9 de setembro de 2017

Somente Pela Graça

“Pois vocês são salvos pela graça". Efésios 2:8
A revelação da graça de Deus em Sua Palavra é muito clara, no entanto, no período da idade média, esse conceito foi totalmente deturpado pela igreja. O Deus da Bíblia foi transformado em mais um deus do panteão romano, ou seja, num deus insano que derrama sua ira na humanidade e só usa “sua
graça” quando esses humanos, oferecem à ele, algum sacrifício que lhe agrade. As histórias dos deuses romanos e gregos estão cheias desses exemplos. O “deus tal” trazia seca sobre a terra,
então era necessário um sacrifício, para que a chuva voltasse.
A mensagem cristã sempre esteve ligada a salvação do ser humano. A Bíblia ensina que essa salvação é por meio da graça de Deus, no entanto, a igreja romana, na idade média perverteu esse ensinamento dizendo que o homem para ser salvo deveria dar algo para o Senhor. Por muitos anos então a igreja “cobrava” para garantir a graça de Deus sobre os fiéis. O Papa tinha o poder de garantir a salvação por meio de uma indulgência, por exemplo, se um fiel comprasse um “pedaço da cruz Cristo”, ele teria o perdão de todos os seus pecados e com certeza iria para o céu quando morresse.
A Reforma Protestante veio para restaurar a teologia da graça de Deus. A graça de Deus está ligada a justificação do pecador, por meio do sacrifício de Cristo. Segundo as Escrituras todo homem é pecador e por isso Ele está destituído da glória de Deus (Rm.3.23), ou seja, o homem está destinado a ira de Deus.
Como o homem pode fazer para mudar essa situação, segundo o ensinamento das Escrituras? As Escrituras são claras ao ensinar que a morte de Jesus é quem nos livra da ira de Deus (Rm 5.9), sendo assim, a ira de Deus só pode ser “aplacada” pelo sacrifício de Cristo, portanto, não há nenhum outro sacrifício que possa livrar o homem dessa ira. Logo, é necessário que o homem receba essa graça de Deus e ela não pode ser comprada, ela foi oferecida para ser recebida pela fé.
Talvez você tente agradar a Deus com coisas, dinheiro, boas obras, atitudes etc, não se deixe enganar, Deus não está interessado em nada que você possa oferecer, a única coisa que ele desejou foi um sacrifício santo e puro, e o único que podia fazer isso, era o seu filho Jesus, ele o fez e trouxe a nós o
presente da salvação de graça, você só precisa receber e desfrutar da sua comunhão nesta vida e na outra para a Glória de Cristo Jesus. Deus abençoe.
Pr. Edilson Nunes

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Reforma Protestante

“visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: o justo viverá por fé". Romanos 1:17

Meu assunto neste e nos próximos boletins será a Reforma Protestante, visto que comemoramos, neste ano, 500 anos deste acontecimento que restaurou a essência do Cristianismo.
Embora a Reforma Protestante não tenha sido obra de um único homem, grande parte desta foi realizada por Deus através de Martinho Lutero. Lutero era um padre que estava inconformado com sua vida espiritual e com a religião cristã da época, que era representada pela Igreja Católica Romana.
A crise pessoal de Lutero, era sua falta de paz interior, assim como, a ineficiência das práticas espirituais por ele praticadas até então (penitências, rezas, promessas). Foi então, que Lutero foi às Escrituras Sagradas. Num momento de estudo se deparou com o texto de Romanos 1.17 (o justo viverá por fé), e se questionou a respeito do que cria. O Espírito Santo iluminou seu coração e Lutero começou a ensinar que a fé era suficiente para um relacionamento com Deus.
Não era objetivo de Lutero criar uma nova “Igreja”, na verdade sua intenção era reproduzir dentro da Igreja Católica de então sua Teologia, mas infelizmente, suas ideias não foram apreciadas e Lutero fora excomungado pelo Papa Leão X.
No dia 31 de outubro de 1517 Lutero fixou na porta da igreja do Castelo de Wittenberg as “famosas 95 teses” contrariando vários ensinamentos católicos que não tinham base nas Escrituras Sagradas, é importante lembrar que ao fixar as teses na porta da igreja, Lutero estava apenas convidando os padres e até mesmo o Papa para um debate teológico. Infelizmente nenhum líder católico respondeu ao seu apelo.
Como não havia mais espaço para Lutero dentro da Igreja Católica, ele juntou-se a outros que criam como ele e então surgiu o movimento Protestante, que deu início ao que hoje conhecemos como “Igrejas Evangélicas”.
O lema da Reforma enfatizado nos primeiros anos e que se seguem até hoje são o que conhecemos como os Cinco Solas:
Sola Gratia, Sola Fide, Sola Scriptura, Solus Christus e Soli Deo Glória, traduzindo: Somente a Graça, Somente a Fé, Somente a Escritura, Somente Cristo e Glória Somente a Deus. Esses serão os temas das próximas devocionais. Que Deus fixe em nossos corações essas verdades bíblicas.

          Pr. Edilson Nunes

domingo, 7 de maio de 2017

Ponha Sua Esperança em Deus

Disse o paralítico: "Senhor, não tenho ninguém que me ajude a entrar no tanque quando a água é agitada. Enquanto estou tentando entrar, outro chega antes de mim". João 5:7

João conta a história de um paralítico, que há 38 anos ficava junto de um tanque, chamado Betesda, que significa “casa da graça”. Segundo a tradição, vez por outra, um anjo movia as águas do tanque, e o primeiro doente que mergulhasse naquelas águas seria curado. Segundo o texto bíblico haviam muitos doentes naquele lugar, e a concorrência era desleal para um paralítico que não podia se locomover. Segundo este paralítico, assim que a água se movia, outra pessoa sempre chegava antes dele.
Percebe-se no relato que o paralitico já está sem esperança, pois a “única possibilidade” de milagre, é quase impossível. Mas tudo muda, quando Jesus se próxima. Enquanto o paralitico espera um “tanque mágico”, o criador dos mares se apresenta.
Quando Cristo, pergunta se ele quer ser curado, o desanimo sai de sua boca, pois sua esperança estava naquela tradição. No entanto, Jesus estava ali para mostrar que nada é impossível para Deus.
Mesmo não encontrando fé naquele homem, Jesus o mandou ficar em pé, pegar a sua maca e andar. Você consegue imaginar um homem paralitico há 38 anos? “Conheço” um homem que se arrasta pela minha cidade. Suas pernas são finas e moles, Ele as move com uma das mãos facilmente. Não há mais musculatura em suas pernas, acredito que o paralitico da Bíblia estivesse assim também.
Imagino Deus curando esse homem e refazendo todos os seus músculos, trazendo força às suas pernas, ao ponto dele poder andar e carregar uma maca. Um grande milagre, realizado por Àquele que não conhece impossível.
Quantas vezes você já esteve diante do imponderável, situações que lhe parecem impossível, e você continua com foco em como resolver “tecnicamente” aquele problema. Imagino que o paralitico por 38 anos ficou pensando em várias maneiras de chegar à água primeiro, mas não aconteceu.
Talvez você esteja pensando em como resolver coisa/situações impossíveis, intransponíveis, então, olhe para outra direção. Olhe para Jesus que não conhece impossível, ponha Nele sua Esperança.

           Pr. Edison Nunes

segunda-feira, 6 de março de 2017

Tornando-se Escravo.

“Não será assim entre vocês. Pelo contrário, que quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo; e quem quiser ser o primeiro deverá ser o escravo de todos”. Mc 10.43,44


Uma das coisas que sempre me chamou a atenção no Evangelho desde a minha conversão foi a lei ensinada por Cristo. As convicções do seu reino são antagônicas as leis deste mundo (reino). Enquanto buscamos sucesso nessa vida, o Senhor nos ensina a abrir mão disto para pertencer ao Reino dos Céus. Enquanto aqui neste mundo o primeiro é mesmo o primeiro, no Reino de Cristo, o primeiro é o último e o último é o primeiro. Enquanto neste reino é preciso ter mais para si, no Reino de Cristo é melhor dar do que receber. Enquanto neste reino as pessoas buscam tesouros que os ladrões podem roubar, no Reino de Cristo há um tesouro escondido para os fiéis. Enquanto neste reino deve-se amar os que nos amam, no Reino de Cristo somos desafiados a amar os inimigos. Enquanto nesse reino as pessoas fazem as coisas pensando em um retorno para si mesmos, no Reino de Cristo, somos instruídos a fazer as coisas pensando no bem dos outros. Enquanto neste reino somo ensinados a revidar a ofensa sofrida, no Reino de Cristo somos orientados a oferecer a outra face.
Por tudo isso, e mais algumas coisas, a Bíblia nos chama de loucos, pois não vislumbramos as coisas que as pessoas deste reino vislumbram. A maioria dos cristãos estão impregnado com as coisas lá do alto e, por isso, cada dia mais, estão desintoxicados dos prazeres e deleites deste reino.
Em nossa caminhada, Cristo nos ensina à sermos escravos. Você tem aprendido isso? Sua vida está à disposição do seu Senhor? Tudo o que você faz tem como objetivo render glória a Ele? Ou você, assim como Tiago e João está querendo honra para si? Talvez você ainda esteja correndo para alcançar os melhores lugares (a direita e a esquerda do Senhor). Se está, PARE! A lei do Reino de Cristo é oposta e enquanto você tenta alcançar essas coisas com o poder de suas mãos, Deus está disponibilizando tudo isso para àqueles que só querem ser escravos e servir ao Senhor e uns aos outros. Deixe de lado toda ganância e viva despojado de tudo, apenas servindo Àquele que é digno.
           Pr. Edison Nunes

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Nossas Obra devem Testemunhar nossa Fé.


“Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta”.
Tg 2.17


Os cristãos atuais, de maneira geral, são muito dualísticos. Suas vidas religiosas e pessoais não se misturam. Enfrentamos então, o problema de termos uma geração cristã, que não se importa com o testemunho da sua fé no dia a dia.
O pensamento principal dessa geração é: “O que eu sou, ou que faço na minha vida particular só diz respeito a mim”. Com essa filosofia de vida, muitos cristãos, mesmo sem intenção servem como pedra de tropeço para que outras pessoas se decepcionem com o evangelho.
Embora pareça ser um problema com mais ênfase em nosso tempo, não podemos deixar de notar que isso sempre existiu entre os cristãos.
Começaremos a estudar em nossa igreja nesse ano a carta de Tiago, e poderemos observar que infelizmente era uma situação muitas vezes vivida na igreja do primeiro século.
No capítulo dois da sua carta Tiago dá alguns exemplos que precisamos refletir. Ele diz que se um irmão está necessitado de roupas ou de alimentos, não devemos, socorre-lo com orações, mas, antes devemos socorre-lo ajudando em suas necessidades físicas. Parece uma coisa tão óbvia, mas que muitas vezes somos tentados a fechar os olhos para não termos tal trabalho.
Você já parou para pensar que as suas obras são importantes diante de Deus? É por isso que Jesus ensinou os discípulos a dar água a quem tiver sede, e pão a quem tiver fome, pois se assim o fizessem estariam fazendo para Ele mesmo.
Será que você não é um cristão que não se importa em testemunhar da sua fé aos demais? Talvez esse mal do: “o que eu faço da minha vida pessoal é problema meu”, tenha ganhado o seu coração, e você não mais deseja testemunhar do Senhor com suas obras.
É tempo de repensarmos como estamos testemunhando do Senhor com nossas obras, pois só dando frutos podemos testificar que a nossa fé não está morta.
Que Deus nos ajude.
                                             Pr. Edison Nunes.