domingo, 24 de setembro de 2017

Somente Cristo


“em quem temos a redenção, a saber, a remissão dos pecados; o qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação". Colossenses 1.14,15

Uma das grandes perdas teológicas ocorridas durante os anos da idade média, período conhecido como a idade das trevas (séc V à XV), foi a perca de Cristo pela igreja. Enquanto vemos as Escrituras e os primeiros cristãos firmando toda sua fé na pessoa e obra de Cristo, os cristãos da idade média renderam-se aos ídolos do coração.
A igreja começou a adorar aquilo(es) que não devia, como “santos” e “personalidades”. Sorrateiramente fora agregado à adoração genuína, revelada nas Escrituras e firmada pelos apóstolos e pais da igreja, conceitos e ideias das religiões pagãs. Contudo isso não devia ser novidade para os líderes piedosos, pois a Escritura advertiu que isso ocorreria: “sei que, depois da minha partida, lobos ferozes penetrarão no meio de vocês e não pouparão o rebanho. E dentro de vocês mesmos se levantarão homens que torcerão a verdade, a fim de atrair os discípulos” At 20.29,30
Enquanto a Palavra aponta para Cristo, a igreja começou a apontar para os ídolos, como a adoração aos anjos, aos mártires, aos “santos homens” (padres, bispos, papas) e a maior de todas que é a adoração a Maria. Há também nesse período o valor dado aos sacerdotes e principalmente ao bispo de Roma que se torna o Papa, líder geral de toda igreja de Cristo, “pois ele está no lugar do filho de Deus”. Por tudo isso, vemos Cristo saindo do centro do culto da igreja para se tornar; um dentre tantos outros.
Quando a igreja perdeu Cristo, ela perdeu todo o resto. Pois Cristo é o centro da Teologia, sem Ele nada tem mais sentido.
Há ainda outro grande agravo, feita pela igreja de então, quando tiraram Cristo e sua obra redentora da igreja, colocaram no lugar, “o alcance da salvação por meios mundanos e avarentos”, onde o próprio homem faz algo para conseguir a salvação que, “somente a igreja” pode garantir. E aqui surgem as penitências e indulgências. Os pecados eram perdoados pela confissão e imputação de penitências e a salvação não era mais alcançada pela fé no sacrifício de Cristo, agora era necessário pagar, pois somente através da compra de indulgências é que Deus perdoaria e livraria a vida de um pecador do purgatório ou do inferno.
A Reforma veio para romper com essas mentiras idealizadas por homens que não temiam a Deus, e levaram a igreja a perverter seus ensinos, porque foram conduzidos pelos seus próprios egos pecaminosos. As Escrituras apontam para Cristo o centro de tudo. Somente Cristo, ele fez tudo por mim, por você e por todo que crê.

     Pr. Edilson Nunes

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Somente Pela Fé

“Portanto, a promessa vem pela fé, para que seja de acordo com a graça". Rm 4:16

O monge Lutero tinha sua crença fundamentada nos ensinamentos das tradições cristãs da época. E como todo cristão daquela época vivia sob o jugo do medo e da prisão criada pela acusação da consciência, por causa da vida de pecado que tinham, além disso o ensino da igreja fomentava ainda mais essa situação de acusação, ensinando que Deus puni sem misericórdia o pecador.  A ênfase da pregação cristã daquela época era para trazer pavor aos cristãos, e a solução oferecida, para se livrar do castigo divino era a compra de indulgências. Tetzel o maior negociante de indulgências da igreja proclamava por onde andava que as indulgências que ele vendia “deixa o pecador mais limpo do que quando saíra do batismo” ou “mais limpo que Adão antes de cair em pecado”, afirmava também que “a cruz do vendedor de indulgências tinha tanto poder como a cruz de Cristo”. Assim, com um ensino acusatório e uma saída única através da indulgência, a igreja mantinha as benesses do dinheiro do povo e, foi assim que a Igreja conseguiu na época alavancar as construções da Basílica de São Pedro em Roma.
Os cristãos também criam ser necessário comprar indulgências para seus parentes que jaziam mortos. Tetzel dizia: “tão pronto a moeda caísse no cofre, a alma saía do purgatório”.
Foi num encontro com a Palavra de Deus que Lutero percebeu que todos aqueles ensinos tradicionais não faziam sentido algum, ao ler em Rm 1.17 que o justo viverá pela fé, compreendeu que a fé é o vínculo que Deus requer dos seus filhos, entendeu então que sacrifícios pessoais (promessas, votos e penitências) não servem para “comprar o favor de Deus”, pois o favor de Deus para os “crentes” já foi dado em Jesus, e somente a fé pode nos fazer “tomar posse” de tal favor. Por isso Lutero começou a ensinar que a justiça que o homem pode ter diante de Deus é obtida pela fé no sacrifício de Jesus e em nenhum outro lugar. Como diz a Bíblia só há uma maneira de agradar a Deus: “Sem fé é impossível agradar a Deus” Hb 11.6.

Se você ainda tem tentado agradar e/ou alcançar o favor e/ou a comunhão com Deus por meio dos seus atos de bondade, promessas, sacrifícios vazios, etc. saiba que Deus está disponível, ou seja, ao alcance de todos aqueles que o procurarem através da fé Nele, por meio de Jesus Cristo seu único filho. Volte-se agora mesmo para Ele em fé.
Pr. Edilson Nunes

sábado, 9 de setembro de 2017

Somente Pela Graça

“Pois vocês são salvos pela graça". Efésios 2:8
A revelação da graça de Deus em Sua Palavra é muito clara, no entanto, no período da idade média, esse conceito foi totalmente deturpado pela igreja. O Deus da Bíblia foi transformado em mais um deus do panteão romano, ou seja, num deus insano que derrama sua ira na humanidade e só usa “sua
graça” quando esses humanos, oferecem à ele, algum sacrifício que lhe agrade. As histórias dos deuses romanos e gregos estão cheias desses exemplos. O “deus tal” trazia seca sobre a terra,
então era necessário um sacrifício, para que a chuva voltasse.
A mensagem cristã sempre esteve ligada a salvação do ser humano. A Bíblia ensina que essa salvação é por meio da graça de Deus, no entanto, a igreja romana, na idade média perverteu esse ensinamento dizendo que o homem para ser salvo deveria dar algo para o Senhor. Por muitos anos então a igreja “cobrava” para garantir a graça de Deus sobre os fiéis. O Papa tinha o poder de garantir a salvação por meio de uma indulgência, por exemplo, se um fiel comprasse um “pedaço da cruz Cristo”, ele teria o perdão de todos os seus pecados e com certeza iria para o céu quando morresse.
A Reforma Protestante veio para restaurar a teologia da graça de Deus. A graça de Deus está ligada a justificação do pecador, por meio do sacrifício de Cristo. Segundo as Escrituras todo homem é pecador e por isso Ele está destituído da glória de Deus (Rm.3.23), ou seja, o homem está destinado a ira de Deus.
Como o homem pode fazer para mudar essa situação, segundo o ensinamento das Escrituras? As Escrituras são claras ao ensinar que a morte de Jesus é quem nos livra da ira de Deus (Rm 5.9), sendo assim, a ira de Deus só pode ser “aplacada” pelo sacrifício de Cristo, portanto, não há nenhum outro sacrifício que possa livrar o homem dessa ira. Logo, é necessário que o homem receba essa graça de Deus e ela não pode ser comprada, ela foi oferecida para ser recebida pela fé.
Talvez você tente agradar a Deus com coisas, dinheiro, boas obras, atitudes etc, não se deixe enganar, Deus não está interessado em nada que você possa oferecer, a única coisa que ele desejou foi um sacrifício santo e puro, e o único que podia fazer isso, era o seu filho Jesus, ele o fez e trouxe a nós o
presente da salvação de graça, você só precisa receber e desfrutar da sua comunhão nesta vida e na outra para a Glória de Cristo Jesus. Deus abençoe.
Pr. Edilson Nunes